quarta-feira, julho 13, 2011

Dante

“O amor pode nos transformar de uma forma que jamais poderíamos imaginar. Aprendi que as memórias podem ter uma presença física, quase viva. Relembro como tudo começou, pois agora essas memórias são tudo o que me resta. Tinha a ver com a vivacidade do seu sorriso e o calor de sua risada. E quando os seus olhos encontraram os meus, senti um clique, como uma chave destravando um cadeado. Havia algo ali, real e reconhecível, e eu não conseguia desviar o olhar. Ele riu, e o som era tão melódico que soube que queria ouvi-lo novamente. Seus sentimentos eram mais profundos do que ele tentava demonstrar. Eu gostava mais dele e cada minuto que passava. Às vezes parecia muito com uma vozinha que morava na minha cabeça, sem se preocupar em pagar aluguel, e que nesse momento sussurrava que, se eu sentia culpa, talvez estivesse fazendo algo errado. Ele estava ainda mais impressionante do que eu me lembrava. Senti um leve perfume cítrico quando se aproximou de mim. E por um instante, fantasiei abraçá-lo ali mesmo.” Querido John

"Decidi chamá-lo de ''Dante''. ''Dante'' significa permanente em latim, algo que é pra sempre''.

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